Entrevista: Germano - venci a Convid-19


   No quadro estatístico perverso das pessoas contaminadas pelo coronavírus, em Pernambuco, o professor universitário e empresário Germano Vasconcelos, 53 anos, aparece, hoje, entre os quase 1.200 doentes recuperados. Até chegar à cura, ele, em casa,  sentindo os sintomas e torcendo por uma melhora que não veio. A Covid-19 passou a ser a realidade dele e, com isso, o local de tratamento mudou de endereço. Entrou a etapa da hospitalização. Ela durou 13 dias, sendo seis deles na UTI. O contato com a esposa, Cláudia, os três filhos, parentes e amigos deixou de ser presencial. A ajuda deles tornou-se espiritual, reunindo um número expressivo de pessoas, em correntes de orações. 
    Germano deixou o hospital em plena Semana Santa. Voltou para casa, na quarta-feira, e comemorou o fato de estar são e salvo, no almoço do Domingo de Páscoa. Todo o tempo, ele mostrou-se um paciente exemplar, respeitando orientações médicas com foco firme de não desistir da vida. Dez dias depois da alta médica, ele voltou a trabalhar. Dessa vez, em regime home office. 

Contaminação             
    Não tenho certeza da fonte do contágio. Acredito que possa ter acontecido em São Paulo, onde estive, antes,  em uma reunião de trabalho. Foi um susto grande! Dificuldade de respirar, febre intermitente, perda do paladar e olfato! Você se sente fraco, mas não pode pensar em entregar-se.

Fantasma da morte
   Pensava na morte, e isso me dava força para lutar. Tem que se ter muita paciência em uma hora dessa. Não existia o prazer de comer, mas eu comia assim mesmo. Bebia muita água. Eu rezava muito e sabia que,  do lado de fora, estavam fazendo o mesmo por mim. É bem positivo saber desse apoio, mesmo não estando presente. Isso me ajudava demais.

Oração e agradecimento antes de entrar em casa 

Gratidão
   Agradeço muito a Deus e ao meu Anjo da Guarda. Recorri a eles muitas e muitas vezes. Os médicos foram importantíssimos. Eles comentavam o que estavam fazendo comigo. Adotaram o processo de pronação. Eu ficava de bruços,  por duas horas, três vezes ao dia,  para ventilar e irrigar o pulmão. Fui apresentando sinais de melhora. Não há espaço para indisposição. O paciente tem que ajudar.  






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